4 de fevereiro de 2011

QUANTOS SÃO!?


Concordo com a idéia de redução dos deputados de 230 para 180. E com a redução de freguesias e de municípios. E com a reorganização e redução de associações intermunicipais e empresas inter e municipais. Concordo com menos Estado mas maior eficiência, mais regulação e menos burocracia, que entre outras coisas estimula a corrupção e o compadrio. Concordo.

No caso dos deputados o que está em causa neste momento parece ser o desacerto da opinião do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão. Ora, o que me parece mais importante discutir é o conteúdo da sua intenção e não a forma ou a falta de sensibilidade e de oportunidade do próprio, que é notória e não deixa de marcar um episódio caricato. Na verdade menos deputados farão o mesmo que os tantos actuais. E isso tem vantagens também financeiras, mas sobretudo de responsabilização política dos eleitos, o que nos dias que correm deixou de ser um princípio e passou a ser uma irresponsabilidade.

Não concordo com o argumento da proporcionalidade e da representatividade dos pequenos partidos. Se há quem escolhe representantes e a sua proporção na Assembleia da República é o Povo. Se o Povo não escolhe de acordo com as ambições aritméticas de alguns isso não é um problema do sistema. Mas defendo a alteração do sistema eleitoral com a inclusão de circulos uninominais. Assim será possível eleger com maior responsabilização, defender as diferentes visões e candidaturas, para além de grandes e de pequenos partidos e garantir uma maior qualidade dos deputados. Não aceito que os interesses de cada um dos partidos se sobreponham às necessidades de reforma do país nem que o argumento do "tem sido sempre assim" impeça "o deveria ser assim".

2 comentários:

  1. Manuel antónio Domingos04 fevereiro, 2011 15:25

    Jorbe Barnabé, ultimamente vou pasando por aqui.
    Parece que a menssagem de Fernando Nobre entrou na ordem do dia... Estarei enganado?

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  2. M.A.D.: Obrigado pelas visitas. É provável que seja isso mas também a necessidade de mudar muita coisa que sabemos não estarem bem e que é do senso comum.
    Um abraço

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