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29 de dezembro de 2010

FIM DE ANO

No final deste ano ficaria bem um balanço sobre o que aconteceu de mais marcante. Mas este ano fica marcado por demasiados acontecimentos importantes: por uma desorientação das contas públicas, pela pouca moderação dos comentadores e analistas, pela demagogia e pela irresponsabilidade dos políticos, pela politização da justiça a partir dos próprios agentes, pela recusa das corporações em agir na resolução dos problemas do país,  pelas greves e constestações, pela austeridade e contenção, pela parca cidadania responsável, enfim, tudo sustentado por uma crise de governabilidade, onde todos são responsáveis. Tudo a partir da crise de valores que nos consumirá...

Por mim, e porque não tenho agora alma para escrever e opinar, fica um ano de poucas lembranças, com duas excepções que me marcarão o resto da vida: o nascimento da Maria Carolina e o António Maria a crescer: os passos, as quedas, as birras, os risos, as palavras, depois as frases e finalmente a conversa. E é o suficiente para me satsifazer a vida. Não desejo muito mais.

Feliz 2011 a todos.

18 de dezembro de 2010

O RUI SOUSA SANTOS


Estou sem palavras... é um Amigo que parte!

4 de novembro de 2010

O JOÃO COVAS LIMA


Todas as manhãs, como se as manhãs fossem eternas, seguia os caminhos de sempre em direcção à sua rua. A rua das suas memórias, dos afectos que eternizou, dos amigos que cultivou, das palavras simples e dedicadas de um Homem sensível e trabalhador.

Um Homem como há poucos: cidadão entusiasmado, com valores e convicções, de ideias e de projectos, de vida intensa. Um Homem de família, de gestos generosos e de palavras sábias e encorajadoras. Um Homem de solidariedades sérias e não daquelas vãs e de circunstância.

Do Jardim do Bacalhau fez o seu largo com olhar para o mundo, em tertúlias que me deu o prazer de partilhar tantas vezes, umas mais românticas que outras, outras sérias e reflectidas, preocupadas e sentidas, porque era um Homem de se preocupar com os outros. E capaz de sonhar. Sempre com um futuro melhor.

Fez das gentes da sua terra o seu amor e da sua terra uma paixão avassaladora, que viveu desde sempre, mesmo distante noutras épocas em que a vida o levou para longínquos desafios.

Cumpriu viver com a existência dos Homens bons. Daqueles que nos ficam a faltar. Abriu as suas casas aos outros como se fossem o centro do seu coração. Um coração altruísta que se perdeu. Um Amigo que nos falta. Um Cidadão que parte deixando a cidade desgostosa.