Atribuir uma excepção nos Açores é promover um desequilibrio entre portugueses, contrariando os valores da solidariedade e da igualdade, com consequências graves na afirmação do Estado de Democrático.
Chegamos a um ponto tal em que os homens da coisa pública já não o são, vivem no egocentrismo das suas vaidades e das ambições eleitorais. Atingimos o cumulo da irresponsabilidade passar a ser normalidade e parece que neste país cada qual pode fazer o que lhe apetece sem que alguém ponha ordem aos disparates. Não entendo como é possível, agora Carlos César e outros noutras situações, não haver consequências e responsabilização exemplar, para que todos percebamos que de facto isto é para cumprir em nome do futuro de Portugal. Nem Primeiro-ministro nem Presidente da República são inocentes nestas matérias, infelizmente.
Mas, excepção atrás de excepção a regra deixará de existir e mais dia menos dia o Estado deixará de ter forças morais e éticas para exigir seja o que for a quem quer que seja. E é assim que se inicia o declinio das democracias... quando os povos deixam de acreditar na seriedade dos sistemas e nos homens que governam.
Sem comentários:
Enviar um comentário