A morte de Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa, acompanhantes e tripulação continua sob a suspeita da especulação das causas que motivaram a queda do avião que os conduziria ao Porto, faz hoje 30 anos. Esta especulação apenas acontece porque nunca existiu a capacidade da justiça apurar os factos conclusivos e porque a classe política, em 8 Comissões de Inquérito, não consensualizou um desfecho para a dúvida.
É indigno que um país e as suas organizações não tenham, em 30 anos, esclarecido os factos e apurado responsabilidades: técnicas ou por atentado. Persistir a dúvida é penoso para os familiares das vitimas mas também vergonhoso para o país. A morte de um chefe de governo e do seu ministro de estado, em circunstâncias que motivam interpretações diversas, fragiliza o própio estado e revela a incompetência na afirmação da verdade, seja ela qual for.
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