16 de novembro de 2010

O ESTADO E AQUELES QUE FAZEM O ESTADO II




A UGT apelou aos jovens estudantes do ensino secundário e superior que se associem à greve geral de 24 de NOvembro. Ao que parece as centrais sindicais estão mais interessadas em mostrar mobilização do que na resolução dos problemas. Trata-se de um exemplo vergonhoso que não serve os interesses das reivindicações e muito menos do país.


Mas há muito tempo que me habituei a desconfiar dos sindicatos, das suas verdadeiras motivações e da seriedade das suas propostas. Reconheço que o sindicalismo foi importante para conquistar muitos direitos, para promover igualdades, para consolidar a democracia mas desviaram as suas lutas no sentido demagógico e populista da partidarização do sistema. E isso é um handicap para as causas que devem defender.

Não questiono a justeza e a legitimidade das greves. Reconheço as preocupações dos trabalhadores quanto ao momento que atravessamos. Defendo a liberdade de expressão e o direito à indignação. Mas não aceito, não me convence, que se faça de uma luta um espectáculo de multidões, influênciando aqueles a quem é preciso dar uma educação séria e com valores.

Gostaria de ver e ouvir as intersindicais a apresentar soluções para o momento que o país atravessa, defender políticas exequíveis de criação de emprego, promover uma melhoria qualitativa no exercicio da cidadania e mobilizar os trabalhadores para uma atitude solidária e de combate às desigualdades e injustiças que assolam a administração pública e que se reflectem em todo o país.


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