5 de janeiro de 2011

NOVAMENTE A DESILUSÃO


Uma das razões porque sempre defendi que determinadas empresas públicas não devem sair da tutela do Estado é por as mesmas, enquanto públicas e financiadas pelo OE, prestarem um serviço público e social. A mesma razão serve para tolerar os seus passivos e aceitar os prejuizos das suas contas anuais. É o caso da CP, do Metro, da Carris, dos STCP, SOFLUSA e Transtejo, incluindo os CTT, não deficitário (julgo). São o exemplo de que se os seus serviços fossem prestados por privados sairiam muito mais caros aos consumidores e nem se garantia a abrangência de território, independentemente do objectivo lucro. E é isso que se paga: a garantia de que são social e territorialmente abrangentes, a coesão nacional e a promoção de igualdade de oportunidades e de mobilidade para os cidadãos. Até aqui tudo bem!

Mas se for confirmada a decisão da CP de suprir comboios na ligação intercidades entre Beja e Lisboa, mesmo após uma obra de requalificação e  de melhoria do material circulante, com custos avultados para as contas públicas, então a minha tolerância terminará, com a convicção pessoal de que este país não tem rumo nem solução. Ao que parece andam meia duzia de gestores e decisores a brincar com isto enquanto que se exige à sociedade o sacrificio de pagar a sua incompetência. Nem vale a pena argumentar com o Aeroporto, com o crescimento da população prevista para a região, com as previsões de crescimento económico, etc. Não vale a pena porque essa gente só se entende a si mesma! Já exigir a quem nomeia que responsabilize, exeplarmente, quem não cumpre objectivos é um dever nosso!

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