9 de janeiro de 2011


Algumas pessoas questionam-me sobre qual o candidato presidencial em quem votarei. Muitos partem do principio que votarei em Manuel Alegre e não se convencem quando os contrario nessa previsão. De facto não sei em quem votar, pela primeira vez. Das outras vezes foi sempre fácil: votar no PS, porque o sou por convicção; Votar nos candidatos da área do PS (Mário Soares e Sampaio e novamente Soares); E ainda mais fácil: não votar em Alegre.

Votar em Cavaco Silva jamais, assim como em Alegre é fácil decidir que não. Ainda me lembro da sua governação, da prepotencia e da arrogância, das opções e das prioridades. E é de Direita - embora se esforce para se fazer passar de uma esquerda avançada. E eu não sou de direita. Quanto aos outros: tive alguma esperança na candidatura de Nobre mas esvaziou-se, perdeu-se algures e nem cheguei a aquecer os animos; Defensor de Moura sendo candidato explica ter uma agenda de alerta e não de eleição. E isso incomóda-me. Incomodam-me os candidatos que o sendo não o querem ser, que se assumem como outra coisa que não ser candidato; E Francisco Lopes representa aquilo de que discordo, uma candidatura partidária que é a negação do espirito independente dos candidatos a presidente, tudo numa lógica de sustentação de espaço de confronto e de reivindicação muito própria do PCP. E por fim Coelho, o madeirense que faz de João Jardim a sua muleta para tudo e mais alguma coisa. Nem pensar. Não é mais que uma figura dos acasos, do showoff mediático que se passeia e diverte quando as coisas são sérias.

Não sei se convosco acontece o mesmo, mas questiono-me sobre o que fazer. Embora votar em branco seja a solução mais óbvia. Também como protesto e divergência com as alternativas.

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