Numa altura em que estão criadas todas as melhores expectativas sobre o Diário do Alentejo e a sua nova direcção é justo realçar outros exemplos que formam a par com o DA factores de coesões territorial e social. Falo-vos do Correio Alentejo. Tenho pelo seu director e proprietário amizade e estima, reconhecendo a sua capacidade de empreendedorismo e de resistência para afirmar um projecto privado numa região com parca dinâmica económica e com mentalidades muito estranhas. E se tem havido uma lufada de ar fresco, com liberdade e profissionalismo na concretização de um projecto jornalistico regional nos últimos 5 anos, o Correio Alentejo é a marca disso mesmo. Felizmente.
Muitos se questionarão se com o previsível crescimento do DA o CA sobreviverá. Acredito que sim. Porque são projectos diferentes, com visões diferentes e até complementares. E sobretudo carecemos de projectos desta natureza, capazes de impulsionar as mentalidades e de promover informação de rigor e isenta. Um e o outro são parte do nosso património e se desejamos que o Diário do Alentejo seja agora regenerado e livre é importante desejarmos que o Correio Alentejo continue livre e vivo. Porque precisamos da sua força e seria injusto maltratar quem nos abriu as portas da esperança e da liberdade na informação impressa. E convém não esquecer que nasce num espirito de valorização da Região Baixo Alentejo, o que me diz muito, pessoalmente.
Neste fim-de-semana dei comigo a ler cuidadosamente a última edição do Correio Alentejo e confesso-vos a minha surpresa com uma melhoria significativa na sua organização gráfica e nos conteúdos, que talvez passe ao lado dos olhares de muitos. Afirmo, com as reservas da opinião pessoal, que foi editada a melhor primeira página dos últimos anos na nossa terra: actual, pertinente, apelativa, exclusiva e com grande qualidade noticiosa. Um exemplo da solidez e da vontade deste projecto.
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