A campanha eleitoral das presidenciais está morna. Sem chama. Sem alma. Quase sem ideias e sem debate. Até parece que quase sem candidatos. Cada um para seu lado, presos aos interesses da agenda mediática que os possa favorecer. E até nos debates mais parece que assistimos a entrevistas partilhadas, forçadas por tempos e frases feitas. Não digo que não há ideias, que algumas haverão perdidas nos discursos, mas acredito que não são as que os portugueses precisam de ouvir.
Em Portugal já não se levam a sério as campanhas. Já não se erguem bandeiras e convicções. Vendem-se as imagens dos candidatos, minuciosamente preparadas, na comunicação social. A comunicação social tomou conta dos políticos. E os políticos deixaram-se vencer pelo mediatismo. E longe fica o Povo. Distante fica Portugal. O Portugal que não é Lisboa, as ruas que não são avenidas, os bairros que não são praças. É certo que algum deles vencerá. E será eleito. Mas Portugal ganhará alguma coisa de esperança e de futuro? E em Portugal, quem votará?
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