Alberto João Jardim anunciou ontem à noite a sua recandidatura a Presidente do Governo Regional da Madeira, em eleições a disputar em Outubro de 2011. Decisão legitima e infelizmente esperada. Digo infelizmente porque o tempo de exercício de poder de AJJ e de outros decanos da política local, regional e nacional é um dos males do nosso Estado. No caso de Jardim este encontra sempre argumentos de ataque e de ofensa, divisionistas até, para se recandidatar. Mas não se esforça para encontrar argumentos e soluções para a sua não recandidatura. O que seria importante para a renovação das lideranças e para o fim de um caciquismo maléfico que mina o poder.
Mas o mal não está só em Alberto João Jardim, é transversal aos partidos e serve as ambições de poder de centenas de autarcas, governantes, deputados e dirigentes partidários. Estas lideranças são efectivadas com gente que governa desde a revolução de Abril. São lideranças feitas com gente de sempre e que fecham o poder às novas gerações. São gente que não têm a humildade de reconhecer um país, um concelho ou uma região sem as suas existências. São líderes que esgotaram as ideias e o modo de governação. São líderes que deveriam ser responsabilizados, politicamente, pelo estado a que Portugal chegou.
E lentamente bloqueiam o avanço da democracia, o seu amadurecimento e a sua continuidade. Porque por regra só saiem quando garantem os sucessores. O que é uma negação dos princípios democráticos. Mas será que isso lhes interessa?...
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