21 de novembro de 2010

GOVERNAÇÃO ESTÁVEL: Consequência


Defendi publicamente, na semana que passou, uma solução de governação estável, de compromisso e que relevasse os interesses nacionais e o sentido de estado exigível aos líderes políticos. Porque só assim se diferenciariam da opinião que temos deles e resolveriam o problema grave que o país tem por solucionar.

Não em resposta ao que defendi mas em fuga a esta realidade preocupante, Passos Coelho (PC), líder da oposição e do PSD, putativo candidato a PM, clarificou, apressadamente, que soluções de Bloco Central ou de convergências estratégicas não fazem parte da sua agenda.

Pelo contrário, PC anunciou que não defende consensos mas sim um novo governo por oito a dez anos, liderado por si claro!, escancarando as portas de uma crise política após as presidenciais e revelando total irresponsabilidade perante o país, os portugueses e até os observadores internacionais. Assim é dificil baixar a pressão sobre Portugal, ou sequer garantir estabilidade aos mercados e aos credores quando a oposição considera mais importante ir a eleições do que convergir em soluções.

Reconheço, espero que todos reconheçam, que José Sócrates iniciou há um ano vários processos de convergência, de coligação, de acordos. E se há quem no meio deste caos tem garantido alguma dignidade é o próprio PM, por muito que custe ao PSD. Mas o PSD é apenas refém dos estragos e precipitações do seu líder, marcado pela ansiedade e pela infantilidade.

Não resolve nada mas é justo afirmar que se não há uma coligação em Portugal, com compromissos sérios e objectivos, é porque o PSD não quer e não está disponível... E com a sua estratégia de poder fica o país a perder! Não é assim que vai "Mudar Portugal".


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