27 de setembro de 2010

POR ENQUANTO AEROPORTO?


A indefinição e os sucessivos atrasos na operacionalidade do Aeroporto de Beja são uma contrariedade nas perspectivas de desenvolvimento regional para a qual já não existe nem paciência nem entendimento.

É cada vez mais difícil explicar o que se passa, ou melhor o que não se passa. Um projecto desta dimensão deveria estar, em primeiro lugar, enraizado na comunidade para despertar interesses e motivar iniciativas empresariais. Deveria, mas nunca esteve e temo que venha a estar!

O problema vem de trás: um inicio conturbado e céptico que fez deste projecto um campo de batalha politico-partidário, que se foi desviando, avançando e recuando consoante o momento presente – agora passado – e não a preparação do futuro.

Nas condições actuais do país e pela necessidade de aumentar exportações, gerar emprego e dinamizar as economias regional e nacional é vital que o projecto avance sem mais burocracias e lutas fúteis de protagonismo.

Já o escrevi e disse publicamente em inúmeras ocasiões que a falta de união dos interesses regionais na defesa do Aeroporto de Beja serviria, com o tempo, como dificuldade no funcionamento da infra-estrutura e na sua melhor rentabilização. Disse-o e reafirmo. Sobretudo no que respeita ao erro de atribuir à ANA – Aeroportos de Portugal a concessão do equipamento em detrimento da EDAB.

Na altura preguei sozinho para o deserto e parece que agora se vislumbram argumentos e pensamentos que subscrevem os meus. Mas já sem força de negociação e de intervenção.

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