Os resultados das eleições europeias são, e custa-me admiti-lo, uma pesada derrota para o PS. Sendo a intenção de protesto ou de desinteresse a verdade é que o PS viu o seu eleitorado baixar significativamente em todo o país. Deste resultado deve o Partido Socialista tirar as conclusões e fazer passar aos portugueses a recepção da mensagem. Que fique claro: não é possível extrapolar os resultados para outras eleições, por tantos factores óbvios como a clareza de assumir a derrota do PS nestas.
Não sou dos que acreditam que este resultado impõe ao PS e ao governo outra legitimidade de governação que não a sua, adquirida com maioria dos votos populares. Ou seja, é bastante demagógica a intenção do PSD e de outros partidos de querer a partir destas eleições fazer recuar o governo na sua agenda de investimentos públicos. Não é o que está em causa nem tão pouco o amedrontar das consciências servirá para que o PS contribua para a estagnação do país face aos seus modelos de progresso e às responsabilidades internacionais que mais cedo ou mais tarde teremos de cumprir.
Mas a grande vitória destas eleições é a do Bloco de Esquerda. O único partido que subiu significativamente, que passou a fasquia dos dois dígitos e que ultrapassou o PCP-CDU em votos e mandatos parlamentares. Outra leitura, ou a tentativa de branquear este facto, será sempre entendida de má fé.
Também no Distrito de Beja o cenário se repetiu: o PS passou de primeira força política para segunda, o que não acontecia desde 1995; o PCP-CDU passou a liderar a vontade popular com estridente vitória e o BE cresceu triplicando o seu peso eleitoral. Como socialista e amador destas coisas da política e da região confesso a tristeza e a manifesto a certeza de que percebi nas entrelinhas os sinais do povo. Mas também como socialista - e como sabem, crítico da actual liderança federativa desde o seu inicio – não encontro razões para responsabilizar mais do que nestas ocasiões é preciso a Federação do PS, os seus dirigentes e o seu líder. Não o faço por perceber que nestas eleições se utilizou um voto nacional, de protesto, de descontentamento ou de desinteresse, que nem sequer teve o seu sentido na Europa quanto mais na região.
O facto do PS ter perdido cerca de dez mil votos no Distrito é um elemento de análise, de reflexão e de mobilização dos socialistas. Mas não se vejam os números com a ligeireza dos interesses do momento: a CDU subiu apenas pouco mais que três mil votos, e percentualmente a sua subida é residual. Ou seja a sua capacidade de gerar um aumento significativo está esgotada e limitada por um discurso ineficaz e conservador. Já o BE triplicou a sua votação relativamente a 2004. O que fica por explicar são os restantes três mil votos perdidos pelo PS, e que sentidos têm.
Sei, porque conheço como estas coisas funcionam, que o esforço e a mobilização do PS se centram nos combates locais e legislativos de Setembro e de Outubro. E essa mobilização, que no caso concreto das europeias não quis ser de desinteresse, mostrará um PS apto a lutar pela vitória. Assim espero, assim desejo.
Não sou dos que acreditam que este resultado impõe ao PS e ao governo outra legitimidade de governação que não a sua, adquirida com maioria dos votos populares. Ou seja, é bastante demagógica a intenção do PSD e de outros partidos de querer a partir destas eleições fazer recuar o governo na sua agenda de investimentos públicos. Não é o que está em causa nem tão pouco o amedrontar das consciências servirá para que o PS contribua para a estagnação do país face aos seus modelos de progresso e às responsabilidades internacionais que mais cedo ou mais tarde teremos de cumprir.
Mas a grande vitória destas eleições é a do Bloco de Esquerda. O único partido que subiu significativamente, que passou a fasquia dos dois dígitos e que ultrapassou o PCP-CDU em votos e mandatos parlamentares. Outra leitura, ou a tentativa de branquear este facto, será sempre entendida de má fé.
Também no Distrito de Beja o cenário se repetiu: o PS passou de primeira força política para segunda, o que não acontecia desde 1995; o PCP-CDU passou a liderar a vontade popular com estridente vitória e o BE cresceu triplicando o seu peso eleitoral. Como socialista e amador destas coisas da política e da região confesso a tristeza e a manifesto a certeza de que percebi nas entrelinhas os sinais do povo. Mas também como socialista - e como sabem, crítico da actual liderança federativa desde o seu inicio – não encontro razões para responsabilizar mais do que nestas ocasiões é preciso a Federação do PS, os seus dirigentes e o seu líder. Não o faço por perceber que nestas eleições se utilizou um voto nacional, de protesto, de descontentamento ou de desinteresse, que nem sequer teve o seu sentido na Europa quanto mais na região.
O facto do PS ter perdido cerca de dez mil votos no Distrito é um elemento de análise, de reflexão e de mobilização dos socialistas. Mas não se vejam os números com a ligeireza dos interesses do momento: a CDU subiu apenas pouco mais que três mil votos, e percentualmente a sua subida é residual. Ou seja a sua capacidade de gerar um aumento significativo está esgotada e limitada por um discurso ineficaz e conservador. Já o BE triplicou a sua votação relativamente a 2004. O que fica por explicar são os restantes três mil votos perdidos pelo PS, e que sentidos têm.
Sei, porque conheço como estas coisas funcionam, que o esforço e a mobilização do PS se centram nos combates locais e legislativos de Setembro e de Outubro. E essa mobilização, que no caso concreto das europeias não quis ser de desinteresse, mostrará um PS apto a lutar pela vitória. Assim espero, assim desejo.
Mais análises menos análises, o "importante" é que se votou para as Europeias.Por favor não gritem derrotas nem vitórias!!!
ResponderEliminarNas legislativas o Povo vai votar em deve governar o País. Já sabemos que há partidos que fogem de governar ( B.E. e P.C.P.) mesmo em coligações. Portantanto os Portugueses tém que resolver este dilema: Quem quer enfrentar a Governação e quem quer ficar só para acusar de problemas que nem só em Portugal surgem mas em todo o Mundo... E isso é fácil dizer está mal, mas soluções??? Sabemos que há ainda que corra atraz daqueles que só sabem dizer mal ( não confundir com criticar, pois esta pode ser construtiva ou destrutiva).Mas o País precisa de decisões e não de lamentações!!!
Portantoos Portugueses tirem ilações, verifiquem com realismo o que se fez nestes quatro anos, e o que se passa no Mundo!!!
Antoino Alentejo