Desconheço muitas das razões subjacentes à defesa de uma comparticipação intermunicipal no funcionamento do Museu Regional de Beja (MRB). Mas discordo desta solução: porque é desajustada de uma realidade económico-social; porque enferma de um princípio provinciano que a constrange a condiciona.
Defendo uma solução local para o MRB, onde a Câmara de Beja seja sua exclusiva tutela e responsável pela sua dinâmica. Não só porque os turistas beneficiam Beja – e essa seria a repetição provinciana do erro – mas porque Beja é a única câmara capaz de lhe garantir uma gestão racional e dinâmica.
Li recentemente sobre a intenção das autarquias em candidatar ao QREN a remodelação deste espaço, e dar-lhe nova vida e ainda uma utilização mais abrangente do seu espólio. E não me aprece justa a participação e envolvência de outras câmaras. Pelo contrário, considero-as contraproducentes à mais valia da afirmação patrimonial de Beja.
Desconheço as razões – embora querendo especular as compreendesse – para que o MRB seja uma partilha regional que foge à sua actividade e conceito histórico. Talvez um dia alguém tenha a coragem de defender este monumento como património cultural e artístico de Beja…
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