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Há 35 anos por esta hora um conjunto de homens corajosos, anónimos então, preparava uma caminhada para o momento das suas vidas, e certamente um dos mais notáveis e memoráveis acontecimentos da história de Portugal. Sendo que todos são merecedores do respeito e da admiração do país, bem maior deve ser, sempre, a distinção dos poucos que nada quiseram para si que não fosse a liberdade merecida dos portugueses e dos povos que então colonizamos. A coragem está também na humildade dos actos e nos comportamentos bravos dos que ocupam os seus lugares e funções sem tencionarem tirar partido das mais elementares vontades de poder que devastam o ser humano.
Hoje, passados 35 anos faltam-nos os homens de coragem! Temos abusado e gasto dos princípios e dos valores, tornando-nos cada vez mais num país desregrado. Faltam-nos os corajosos líderes que nos indiquem o caminho e nos façam ser mais ousados e justos como cidadãos.
Temos perdido tudo, ou quase tudo: a solidariedade a favor do individualismo, o serviço público e patriótico em benefício da corrupção e do enriquecimento ilícito, as ideias vendidas pelos mediatismos e pela demagogia. E a cada ano nos afastamos mais das reflexões e permitimos que nos embalem num adormecimento cívico que rompe o valor de qualquer revolução.
Mas a maior hipocrisia, a que ofende quem acredita na democracia e na liberdade, está no simbolismo atribuído à efeméride. Como se fosse penitência pelos abusos das liberdades e dos direitos. Como se fosse desculpa pela má governação. Como se fosse a expiação dos pecados de uma cidadania amorfa.
Como bons portugueses é bem possível que daqui a 35 anos tenhamos o atrevimento de comemorar sobre as ruínas da sociedade, esvaziada de valores e amargurada pelos deméritos. Por agora vamos escurecendo a manhã clara e desenhando nos dias céus negros, disfarçados de liberdade.
Hoje, passados 35 anos faltam-nos os homens de coragem! Temos abusado e gasto dos princípios e dos valores, tornando-nos cada vez mais num país desregrado. Faltam-nos os corajosos líderes que nos indiquem o caminho e nos façam ser mais ousados e justos como cidadãos.
Temos perdido tudo, ou quase tudo: a solidariedade a favor do individualismo, o serviço público e patriótico em benefício da corrupção e do enriquecimento ilícito, as ideias vendidas pelos mediatismos e pela demagogia. E a cada ano nos afastamos mais das reflexões e permitimos que nos embalem num adormecimento cívico que rompe o valor de qualquer revolução.
Mas a maior hipocrisia, a que ofende quem acredita na democracia e na liberdade, está no simbolismo atribuído à efeméride. Como se fosse penitência pelos abusos das liberdades e dos direitos. Como se fosse desculpa pela má governação. Como se fosse a expiação dos pecados de uma cidadania amorfa.
Como bons portugueses é bem possível que daqui a 35 anos tenhamos o atrevimento de comemorar sobre as ruínas da sociedade, esvaziada de valores e amargurada pelos deméritos. Por agora vamos escurecendo a manhã clara e desenhando nos dias céus negros, disfarçados de liberdade.
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