Mas a grande alteração na sociedade educativa e que condicionou e modificou a participação dos alunos na sua vida adolescente não é da sua responsabilidade directa: hoje os pais – através das associações de pais e confederações – substituiram os filhos, os alunos, na defesa dos seus direitos e até no eventual erro da sua actividade contestatária (essencial para se formarem como cidadãos). O que os pais estão a fazer é mais que substituírem os filhos: é serem proteccionistas dos mesmos, anulando-lhes a necessidade de formarem reflexões e tornando-se os pais, novamente, os agentes de um sistema de ensino que já não lhes pertence. E tão curioso ou irónico é o facto de serem estes pais os baluartes de uma geração contestatária que encheu ruas e fechou escolas, que enfrentou ministros e obrigou à rectificação de políticas e que são hoje os mais conservadores cidadãos e em muitos casos a anulação do valor dos próprios filhos.
Leia na íntegra em: Código Luso
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