7 de março de 2009

O efeito espelho de Manuel Alegre

O que Alegre quer é um país atento aos seus ditos, à inoportuna divisão que promove, como se fosse um salvador da pátria de que a pátria não carece. O que Manuel Alegre está a construir é um fosso entre a sua figura e a sociedade que se cansa dos seus métodos e dos calculismos com que define um percurso político.

Na integra em: Código Luso

5 comentários:

  1. Estimado Jorge,
    Jorge,
    Permita-me que discorde!
    Sabe tão bem ou melhor do que eu que não é Manuel Alegre o Homem dos "calculismos"...

    Quando se refere "à inoportuna divisão que promove..." parece que discorda das posições públicas tomadas por Manuel Alegre, mas certamente reconhece a verticalidade e coerência das suas intervenções.
    Pode não ser o salvador da pátria... mas é, para muitos a esperança de um Portugal mais solidário, mais justo e mais fraterno.

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  2. @ Beja de Hoje: Lamento mas mantemos a discordância. Manuel Alegre é um Homem de Calculismos. E a sua acção é contraditória com a retórica. Não lhe reconheço essa verticalidade. Não confundamos verticalidade com arrojo nas posições publicas. Mas é uma opinião pessoal, tal cmo a sua que respeito.

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  3. Parece-me que este texto contradiz algumas opiniões que tem expressado, designadamente em relação a militantes de outros partidos...
    Não faço juizos ao carácter de Manuel Alegre. Acho que tem tido um papel importante em mostrar que há quem no PS e na sua área quem não concorde com a política seguida pelo governo PS. O PS - os que apoiam esta política ou, não concordando com ela, se acomodam - parecem mais interessados em segurar o poder, independentemente da forma como este está a ser usado e da sua concordância ou não com os seus princípios fundadores.
    Mas esta é só a minha opinião, de alguém que não é do PS mas que julga compreender as dificuldades que Manuel Alegre tem em decidir se deve manter-se no partido em que sempre teve participação activa - e quantas vezes decisivas? - ou se já não vale a pena tentar mudar o que considera estar maal.

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  4. LG: Não vejo onde possa ser contraditório. Respeito e valorizo a capacidade de Manuel Alegre ser critico relativamente ao PS. Eu próprio o sou em muitas matérias. Admiro em Alegre uma atitude inconformada perante os sensos comuns que se instalam e que conduzem os partidos ao marasmo. Sei que é importante que os militantes dos partidos sejam intervientes na variedade das opiniões e dos pensamentos. Conforta-me saber que no PS essa cultura se mantém e o credibiliza. Mas ser critico e pertinente, ser incómodo e acutilante nada tem a ver com uma figura que se disponibiliza para se candidatar contra o partido onde milita! Isso é um limite que ultrapassa e destrói a coerência de qualquer um. E é nesse aspecto que digo o que digo sobre Manuel Alegre. Não me parece que Alegre seja só isto, mas é o próprio que o demonstra, ora com o PS ora contra o PS, de acordo com uma agenda pessoal muito cuidada.

    Não me ofende nada que Alegre seja critico, que participe nos órgãos do PS ou só como militante, que intervenha com fulgor e chame à atenção para muitos erros que o PS e este governo cometem. Mas não sei se Alegre tem a dúvida que levanta o LG, mais me parece que vai "atirando barro à parede", à espera de outras reacções.

    Um abraço

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