O semanário Correio Alentejo traz-nos à memória semanalmente os ilustres baixo-alentejanos: figuras da política, da cultura, da economia, da medicina, da sociedade em geral que ao longo de centenas de anos fizeram parte desta região e que afirmaram um lugar próprio e merecido na história de Portugal. Acompanho todas as semanas com interesse a pequena nota que me conduz à identificação cultural e histórica, mas também à memória, da minha região.
E tenho pensado nisso, e discutido com amigos ao longo dos tempos a questão sobre a desvalorização das figuras históricas da nossa região. Mais sério é o facto de não as promovermos dignamente, com o mérito que têm e o contributo que os seus nomes podem dar ao nosso enriquecimento cultural. Falo-vos de Mariana Alcoforado, a suposta autora de um dos mais célebres e lidos conjuntos de cartas de amor em todo o mundo, que ainda hoje mobiliza académicos e historiadores na complexa tarefa de as decifrar e compreender. Refiro-me a um passado monárquico relevante com os duques de Beja e a rainha D. Leonor, cuja dinastia foi das mais vincadas na história de Portugal. Falo de poetas como Mário Beirão – um dos mais notáveis poetas portugueses da primeira metade do século passado, ou Raul de Carvalho, uma referência extraordinária da literatura portuguesa. Falo-vos de médicos pioneiros, de políticos da primeira república, de lutadores antifascistas, de ministros do reino, de lavradores célebres, de fundadores de movimentos e correntes intelectuais, de gente cujo legado de conhecimento e de valor não sabemos aproveitar. Falo-vos do mais valioso e insubstituível património: as pessoas, cidadãos de uma comunidade e fazedores de uma identidade cultural.
E não será necessária grande reflexão para se entender a importância de se ilustrarem estes nomes num plano de desenvolvimento cultural regional. Muitos desconhecem, aqui e no resto do país, as suas origens, o que fizeram por cá. O que os condicionou na sua natureza de baixo-alentejanos. E continuaremos, provavelmente, num futuro ainda mais ignorante a desvalorizar o nosso passado. Seremos por mais uns tempos incapazes de fazer o que os outros fazem com os seus artistas e intelectuais, com os seus distintos elementos da sociedade histórica. Ora por insensibilidade de quem nos governa, ora por conveniente interesse de nos fazer incultos mas felizes.
E tenho pensado nisso, e discutido com amigos ao longo dos tempos a questão sobre a desvalorização das figuras históricas da nossa região. Mais sério é o facto de não as promovermos dignamente, com o mérito que têm e o contributo que os seus nomes podem dar ao nosso enriquecimento cultural. Falo-vos de Mariana Alcoforado, a suposta autora de um dos mais célebres e lidos conjuntos de cartas de amor em todo o mundo, que ainda hoje mobiliza académicos e historiadores na complexa tarefa de as decifrar e compreender. Refiro-me a um passado monárquico relevante com os duques de Beja e a rainha D. Leonor, cuja dinastia foi das mais vincadas na história de Portugal. Falo de poetas como Mário Beirão – um dos mais notáveis poetas portugueses da primeira metade do século passado, ou Raul de Carvalho, uma referência extraordinária da literatura portuguesa. Falo-vos de médicos pioneiros, de políticos da primeira república, de lutadores antifascistas, de ministros do reino, de lavradores célebres, de fundadores de movimentos e correntes intelectuais, de gente cujo legado de conhecimento e de valor não sabemos aproveitar. Falo-vos do mais valioso e insubstituível património: as pessoas, cidadãos de uma comunidade e fazedores de uma identidade cultural.
E não será necessária grande reflexão para se entender a importância de se ilustrarem estes nomes num plano de desenvolvimento cultural regional. Muitos desconhecem, aqui e no resto do país, as suas origens, o que fizeram por cá. O que os condicionou na sua natureza de baixo-alentejanos. E continuaremos, provavelmente, num futuro ainda mais ignorante a desvalorizar o nosso passado. Seremos por mais uns tempos incapazes de fazer o que os outros fazem com os seus artistas e intelectuais, com os seus distintos elementos da sociedade histórica. Ora por insensibilidade de quem nos governa, ora por conveniente interesse de nos fazer incultos mas felizes.
Sem comentários:
Enviar um comentário