29 de janeiro de 2009

Ovibeja 2009

Cartaz Ovibeja: http://www.ovibeja.com/


A organização da Ovibeja decidiu reduzir para cinco dias o tempo de feira. Esta decisão é acertada e inteligente: É acertada porque à dimensão da Ovibeja as feiras não têm mais que quatro ou cinco dias; porque uma redução do número de dias permite um maior fôlego de expositores e organização; porque este modelo é mais adequado ao crescimento da feira e à sua competitividade. É inteligente porque esta medida permite aumentar a qualidade da feira e torná-la ainda mais atractiva; porque lhe dá consistência e um melhor aproveitamento das sinergias; porque beneficia o público e a cidade onde se realiza; porque crescerá com base num modelo internacional mais adequado às exigências do sector e dos profissionais.

Mas em torno da Ovibeja surge sempre a mácula do custo dos bilhetes. E alguns não perdem tempo a comparar com outros eventos realizados em Beja. Mas entenda-se o seguinte: a Ovibeja parte de uma organização privada, a ACOS, e para a sustentar são necessárias receitas e um escrupuloso controlo orçamental. Se assim não fosse há muitos anos que não teríamos este evento, ou na melhor das hipóteses com este nível e dimensão. E se quisermos reflectir melhor entenderemos com facilidade que o que nos oferece como visitantes é superior ao custo dos bilhetes. Mais: em nenhum outro evento deste género a nível nacional, e com estas características, o preço dos bilhetes é igual ou inferior ao que a Ovibeja pratica; em nenhum outro evento a oferta é tão variada e com tamanha qualidade. Ou seja, queixamo-nos sem razão plausível. Por mera desconstrução das coisas boas que temos.

Mas comparar a Ovibeja, em vários aspectos e inclusive nos preços dos ingressos, com outros eventos é confundir a noite com o dia: primeiro porque a Ovibeja é privada; segundo porque os outros eventos são promovidos pela Câmara Municipal de Beja, com os dinheiros públicos, independentemente dos custos de organização. E esta diferença é enorme, como a distância entre o céu e a terra. E nem sequer ao nível da mobilização e da qualidade dos eventos as coisas são comparáveis. Muito menos no que respeita à variedade da oferta.

Ao longo de 25 anos, este será o 26º, a Ovibeja promoveu e debateu temas regionais de grande relevância para o desenvolvimento socio-económico da região; defendeu sectores, dando-lhes visibilidade e espaço de intervenção; assumiu-se como um centro temporal e físico de encontros e de experiências; e afirmou-se como a mais importante feira nacional.

Este ano escolhe o azeite como tema central e não será preciso muito para perceber que apesar das críticas destrutivas a Ovibeja continua a defender a Região e os que nela vivem. Sem mais nada senão o contributo de cidadania de uma Associação.

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