Há uns anos publiquei nos jornais regionais artigos de opinião dando conta da minha discordância com a estratégia do PS/Baixo Alentejo relativamente ao Diário do Alentejo. Sem querer recorrer às expressões que utilizei na altura defendi que não era aceitável do ponto de vista político que o maior partido regional concentrasse a sua acção política e gastasse energias com uma luta pela mudança do director deste jornal. Defendi igualmente que o problema de fundo ao nível da acção do associativismo municipal estava na sua incapacidade de gerar consensos e promover projectos intermunicipais que valorizassem o desenvolvimento regional e, consequentemente, beneficiasse as pessoas.
Ou seja, para mim nunca esteve em causa questionar a parcialidade editorial do Diário do Alentejo, mas entendi e entendo ser desmedido defender uma mudança justificando-a pela alternância dos actores. Se era, e de facto continua a ser, necessário intervir no referido jornal, tal deveria subentender alterar o modelo de gestão. Apenas dessa forma se garantem os valores da democracia e se aplicam os princípios do pluralismo, da liberdade de expressão e da concorrência.
Na época fui atacado e – digo-o com alguma arrogância – mal compreendido pelos dirigentes socialistas e alguns militantes. Não permiti que tal beliscasse a liberdade de opinar quando reconheço que até o partido em que milito e no qual acredito erra e confunde o essencial com o acessório.
Na verdade o tempo tem vindo a dar razão aos argumentos que então defendi: não só o PCP retomou, assim que pôde, a orientação do jornal como a agravou do ponto de vista doutrinário; não só o PS saiu ridicularizado e pagou-o nas urnas autárquicas como deixou de agir em benefício de um associativismo municipal mais dinâmico, plural e interventivo.
Duas questões entretanto se mantêm, como se fossem rochas firmes em solo frágil: O Diário do Alentejo continua a ser, com o dinheiro dos contribuintes, um meio de comunicação cuja linha editorial beneficia comprovadamente o PCP; E as soluções encontradas e reinventadas para a Associação de Municípios são cada vez mais baseadas em distribuição de lugares do que propriamente em desenvolver trabalho na defesa dos interesses das populações e de cumprimento dos fins para que foi criada.
A intenção do governo de não permitir que organismos públicos ou representativos do estado sejam detentores de edições ou outros meios de comunicação social é a meu ver justa e urgente. Para que entendam, esta situação apenas se coloca no caso já exposto e na Região Autónoma da Madeira! Tenho pelo Diário do Alentejo respeito e sou conhecedor do seu valor histórico e da sua importante influência social, mas isso não se hipoteca com uma solução privada, pelo contrário reforça-se…
Ora bem, desde que esta intenção se tornou pública o DA tem vindo a publicar semanalmente uma manchete fixa de defesa da manutenção do referido titulo na posse das autarquias. Esta situação que se reforça com a promoção de um abaixo-assinado é, a meu ver, lamentável e desajustada. Trata-se de um abuso inqualificável e que só reforça a ilegitimidade das autarquias em tutelar um jornal. Não sei o que passa pela cabeça dos dirigentes políticos e em concreto pela estratégia do PS mas diz-me a prática que agora é que valia a pena expender energias.
Ou seja, para mim nunca esteve em causa questionar a parcialidade editorial do Diário do Alentejo, mas entendi e entendo ser desmedido defender uma mudança justificando-a pela alternância dos actores. Se era, e de facto continua a ser, necessário intervir no referido jornal, tal deveria subentender alterar o modelo de gestão. Apenas dessa forma se garantem os valores da democracia e se aplicam os princípios do pluralismo, da liberdade de expressão e da concorrência.
Na época fui atacado e – digo-o com alguma arrogância – mal compreendido pelos dirigentes socialistas e alguns militantes. Não permiti que tal beliscasse a liberdade de opinar quando reconheço que até o partido em que milito e no qual acredito erra e confunde o essencial com o acessório.
Na verdade o tempo tem vindo a dar razão aos argumentos que então defendi: não só o PCP retomou, assim que pôde, a orientação do jornal como a agravou do ponto de vista doutrinário; não só o PS saiu ridicularizado e pagou-o nas urnas autárquicas como deixou de agir em benefício de um associativismo municipal mais dinâmico, plural e interventivo.
Duas questões entretanto se mantêm, como se fossem rochas firmes em solo frágil: O Diário do Alentejo continua a ser, com o dinheiro dos contribuintes, um meio de comunicação cuja linha editorial beneficia comprovadamente o PCP; E as soluções encontradas e reinventadas para a Associação de Municípios são cada vez mais baseadas em distribuição de lugares do que propriamente em desenvolver trabalho na defesa dos interesses das populações e de cumprimento dos fins para que foi criada.
A intenção do governo de não permitir que organismos públicos ou representativos do estado sejam detentores de edições ou outros meios de comunicação social é a meu ver justa e urgente. Para que entendam, esta situação apenas se coloca no caso já exposto e na Região Autónoma da Madeira! Tenho pelo Diário do Alentejo respeito e sou conhecedor do seu valor histórico e da sua importante influência social, mas isso não se hipoteca com uma solução privada, pelo contrário reforça-se…
Ora bem, desde que esta intenção se tornou pública o DA tem vindo a publicar semanalmente uma manchete fixa de defesa da manutenção do referido titulo na posse das autarquias. Esta situação que se reforça com a promoção de um abaixo-assinado é, a meu ver, lamentável e desajustada. Trata-se de um abuso inqualificável e que só reforça a ilegitimidade das autarquias em tutelar um jornal. Não sei o que passa pela cabeça dos dirigentes políticos e em concreto pela estratégia do PS mas diz-me a prática que agora é que valia a pena expender energias.
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