Mas supondo que o governo não governa então estamos num género de vácuo de poder e mantemos as mesmas dificuldades e o mesmo estado desde que o governo deixou de governar, há coisa de um ano, dizem. E assim sendo o ano de 2010 foi catastrófico: não reduzimos o défice para os 7,3%, não conseguimos fazer crescer a economia acima de todas as previsões (o dobro praticamente), ou sequer conseguimos vender a divida pública pelas dificuldades do mercado, pelo desinteresse e sobretudo pelo anúncio vaticinado de calamidade financeira de Portugal. E se supomos que o governo não governa e se entretém com as jogadas palacianas de poder e coloca os interesses próprios acima dos de Portugal então mais vale não supor e afirmá-lo com toda a força: Este governo não governa, não resolve e não serve os interesses do País!
Mas se quisermos ser realistas e abdicar das suposições é justo reconhecer que enquanto uns gerem uma agenda política e mediática com o único objectivo de conquista do poder e desgate de Sócrates, alguém governa e bem, com dificuldades é certo, com erros é verdade. Mas governar governa porque não acredito numa força superior a criar soluções indesmentíveis e esotéricas para os problemas com que nos deparamos.
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