29 de janeiro de 2011

CAPITAL DE CULTURA 2011

A Câmara Municipal de Beja anunciou esta semana a programação cultural para os diferentes espaços e eventos em 2011, com base num conceito que aplaudo: Beja, Capital de Cultura 2011. Com esta iniciativa emergem virtudes que importam destacar: organização e planificação, logo menores custos; aproveitamento das oportunidades de co-financiamento, logo maior rentabilidade; capacidade negocial; envolvimento da população na dimensão e na diferenciação das ofertas.

Mas o Vereador Miguel Góis vai mais longe e chega a um ponto fulcral. Defende a promoção da marca Beja, beneficiando uma comunidade inteira. Porque quanto maior for a oferta cultural em Beja maiores são as possibilidades de reforço de qualidade de vida e de atracção de novos públicos, sobretudo vindos do exterior. MG faz-se acompanhar nesta caminhada, interinamente, por Nuno Figueiredo. A sua colaboração é uma mais valia de grande nível, empenhada e conhecedora, coerente e congregadora.

Mas este conceito puxa uma nova ambição e defendo que não devem haver limites para a ambição de assumir Beja como uma Capital de Cultura nas próximas décadas. É importante definir uma estratégia cultural, marcar um objectivo e projectarmos a nossa terra, a nível cultural, no espaço do longo prazo. E para isso não basta a programação, são necessárias maiores reflexões, coesão, integração, política de apoio à criação, formação e criação de novos públicos, orientação artística, entre outros. E é preciso responsabilizar, apoiando, a qualidade dos criadores e as suas missões nesta estratégia. É necessário defender um caminho de todos, partilhado e dinâmico, que beneficie a todos, mas sobretudo as comunidades.

E é preciso entender que a cultura não se esgota num ou noutro aspecto, não é só dos criadores, ou só dos produtores, ou exclusivamente da programação, é o somatório de todas as partes e não a sua subtração. E acrescento que um elemento importante nesta estratégia é a de um director artístico, que complemente a orientação política e que lhe dê corpo no estilo e no apoio à criação.

O caminho não é fácil mas a frescura de uma nova liderança encabeçada por Miguel Góis permite-nos pelo menos sonhar e falar. Porque falar é preciso.


Foto Daqui

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