27 de janeiro de 2011

O QUE NÃO SOMOS

Assinei a petição há uns dias, por convicção e com duas razões: defender, no limite da minha cidadania, Beja e o Baixo Alentejo, ainda não me esqueci do Baixo Alentejo(!) contra uma resignação tradicional que agora nos prejudica; e por justiça, por identificação ideológica, que não sou socialista só por ter cartão, acredito na igualdade e numa sociedade mais justa e solidária.




Mas não fui ao "assalto", porque não gosto de coisas encenadas, que não são genuínas e que se rendem ao mediatismo das TVs e servem a ânsia dos microfones. Enalteço o esforço e o empenho de quem dinamiza esta reivindicação, sobretudo vindos da "sociedade civil". Mas não me convencem as performances que costumam "matar" as razões e os argumentos. Talvez seja eu quem está errado.

No entanto incomodam-me o silêncio e a passividade de autarcas (com honrosas e públicas excepções), de empresários e agricultores, de entidades publicas e privadas de grande relevância. Não perceberam, ainda, ou não querem perceber o que está em causa: o esvaziamento da nossa região, a sua relativização e a sua submissão, uma vez mais. Por fim, confirmo neste caso o que tantas vezes escrevi e disse: não temos força, não temos lideranças, não somos capazes de nos unir para além dos quintais de cada um. Não somos capazes de nos defender há muitos anos, vacilamos e cedemos sem resistência e agora, como noutros casos de que ninguém já fala, perdemos. Desejo que não seja o caso, assinei a petição...

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