10 de março de 2009

Os exemplos que resistem


O PCP usou a sua posição maioritária na RESIALENTEJO para impor uma totalidade da sua representação no Conselho de Administração. De fora ficam as autarquias do PS e do PSD, e de fora passará a estar a representatividade democrática e as vontades dos cidadãos, que para além de não votarem no PCP legitimam outras forças políticas.

E esta decisão arbitrária, descontextualizada de um normal funcionamento das instituições, mancha e denigre a imagem do PCP. Sobretudo em véspera de eleições autárquicas (recordam-se do exemplo da adesão da CM de Álcacer do Sal à Associação de Municípios?), desvirtuando os resultados eleitorais e condicionando a representatividade dos municipios, independentemente de cores partidárias.

A RESIALENTEJO é uma empresa intermunicipal e a sua função e objecto deve ser respeitada, para que não se coloque em causa a importância do intermunicipalismo.

Não querendo fazer juizos de valor - deixo isso ao critério dos leitores - parece-me pertinente perguntar: Que consequências teria tal atitude se a proveniência fosse o PS? São os interesses eleitorais motivo suficiente para que o PCP continue a actuar desta forma?


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