Não sou dos que acreditam que as militâncias partidárias e as divergências de opinião devem afastar as pessoas ou condicionar o que se pensa sobre elas. Não sou dos que crêem na radicalização das posições e no esvaziamento do respeito democrático pelos adversários e opositores. Prefiro uma atitude bem mais moderada, de respeito e de tolerância que também exijo dos outros para mim. Mas não posso deixar de reconhecer a validade do trabalho dos outros, ainda que não partilhemos identidade ideológica, ou que no seu caso me propusesse a fazer diferente.
A AM de Castro Verde aprovou, por unanimidade, um voto de Louvor a Fernando Caeiros, autarca histórico e que ao longo de trinta e dois anos liderou os destinos do concelho. Na verdade Fernando Caeiros foi um autarca respeitável, com trabalho e cujas eleições foram sempre inequivocamente apoiadas pela maioria da sua população. E este é um dado que por si só merece uma reflexão quanto ao valor que as pessoas têm. É certo que FC cometeu inúmeros erros, decidiu por vezes no sentido contrário à lógica das coisas, nem sempre foi bem sucedido e a forma como saiu da Câmara tem sido motivo de algumas criticas. Tudo isso é verdade, como é factual uma dedicação de mais de três décadas ao serviço de Castro Verde e da População. E manifestar tal elogio e mérito não é assinar por baixo a concordância com a obra de um autarca, porque essa assinatura foi caligrafada em sucessivas eleições pelo próprio eleitorado.
Por isso a decisão da AM é justa e elogiável: porque reconhecer o mérito e agradecer a dedicação ao serviço público é coisa rara entre nós, para não dizer inexistente. E FC merece esta homenagem, como outros autarcas merecem as suas e nunca as tiveram ou virão a ter (em breve escreverei sobre o tema). Porque o caminho mais fácil é o da oposição às coisas simples e da complexidade da natureza humana que nos afasta mesmo em momentos de elevada manifestação democrática: o respeito pelos homens e pelas mulheres que servem o país.
A AM de Castro Verde aprovou, por unanimidade, um voto de Louvor a Fernando Caeiros, autarca histórico e que ao longo de trinta e dois anos liderou os destinos do concelho. Na verdade Fernando Caeiros foi um autarca respeitável, com trabalho e cujas eleições foram sempre inequivocamente apoiadas pela maioria da sua população. E este é um dado que por si só merece uma reflexão quanto ao valor que as pessoas têm. É certo que FC cometeu inúmeros erros, decidiu por vezes no sentido contrário à lógica das coisas, nem sempre foi bem sucedido e a forma como saiu da Câmara tem sido motivo de algumas criticas. Tudo isso é verdade, como é factual uma dedicação de mais de três décadas ao serviço de Castro Verde e da População. E manifestar tal elogio e mérito não é assinar por baixo a concordância com a obra de um autarca, porque essa assinatura foi caligrafada em sucessivas eleições pelo próprio eleitorado.
Por isso a decisão da AM é justa e elogiável: porque reconhecer o mérito e agradecer a dedicação ao serviço público é coisa rara entre nós, para não dizer inexistente. E FC merece esta homenagem, como outros autarcas merecem as suas e nunca as tiveram ou virão a ter (em breve escreverei sobre o tema). Porque o caminho mais fácil é o da oposição às coisas simples e da complexidade da natureza humana que nos afasta mesmo em momentos de elevada manifestação democrática: o respeito pelos homens e pelas mulheres que servem o país.
Aí fica o meu retrato da obra e do papel do homem a homenagear, ao longo de todo o nosso poder local democrático.
ResponderEliminarDe MANUEL ANTONIO DOMINGOS a 4 de Março de 2009 às 09:11
Falar de Caeiros, é falar de todo o período do nosso poder local democrático desde o 25 de Abril de 1974.
Em condições normais, com pessoas normais, e em 32 anos, obrigatóriamente deve-se fazer muita coisa, sobretudo se tivermos meios ao nosso dispor para agirmos.
Ter a maior mina de cobre de toda a Europa Ocidental no seu concelho, foi um verdadeiro milagre que ajudou muitíssimo.
Independentemente da informação objectiva que cada um possa ter para poder medir com insenção e objectividade o desempenho desta personalidade, aí fica a minha avaliação feita em Português Suave, e em verso, sobre o exercicio dos trintas e tais anos do PODER LOCAL em Castro Verde:
Manuel António Domingos disse...
Aí fica um trabalho meu, ( CENSURADO ) como homenagem ao meu Conterrâneo e amigo, até que eu não abri os olhos. concorri com estes versos aos Jogos Florais de 2007, organizados pela Câmara Municipal de Castro Verde. Ao contrário do que estava escrito, nunca foram dados a conhecer ao povo todos os trabalhos concorrentes.
" Modalidade: Poesia ( 30 versos )
Escalão: 4
Título: 30 Anos de Poder Local Democrático
Pseudónimo: ÁGUA MOLE
Data: 23/03/2007
Tema / Mote
Trinta anos de poder local democrático
Num concelho transformado por muita gente
Na condução do poder autárquico
Esteve sempre o mesmo presidente
Sem a revolução dos capitães de Abril
Como seria o nosso concelho ?
Como seria o nosso redil ?
O que reflectiria o nosso espelho ?
De um Partido Comunista
Com muita implantação
Nasceu o colectivo progressista
De uma grande Coligação
Muitas foram as pessoas
Que com espírito altruísta
Construíram coisas boas
Para a revolução socialista
Com trinta e três anos de democracia
E trinta de poder local
Foram os votos da maioria
Que mudaram Portugal
No concelho de Castro Verde
Deste Portugal democrático
Há uma fogueira que arde
Com muito suor autárquico
Como em todo o Portugal de Abril
A vida do povo melhorou
As obras são mais de mil
Mas a luta não acabou
Em todos os domínios da vida
Houve mudanças radicais
Muita obra já foi lida
Mas por ler, ainda há mais
Habitação, água e saneamento
Foram a primeira prioridade
Enquanto o nosso desenvolvimento
Precisava que houvesse solidariedade
Com a iniciativa tão nobre
De procurar minerais
Descobriu-se o rico cobre
E também outros metais
Foi com Neves e Corvo
Que a mina foi baptizada
E onde nasceu de novo
Uma esperança reforçada
Nascida e criada a SOMINCOR
A volúpia do município crescia
A vida tomava mais calor
Augurando um novo dia
Ter a sede da maior mina
De um precioso metal
Aumentou a auto estima
De um povo que era maioral
O concelho de Castro Verde
Deste país que é Portugal
Nunca mais teria sede
Nesta Europa Ocidental
Consolidado que foi o poder
Vieram os Fundos Comunitários
E com tanta coisa por fazer
Os investimentos foram vários
Enquanto os Fundos iam jorrando
E se fortalecia a nossa sapiência
As prioridades foram mudando
Fazendo uma nova exigência
Surge intensamente a palavra Derrama
E cada vez com mais pujança
Castro Verde ganha mais fama
É bem visível a mudança
Ainda com maior intensidade
Surge a palavra Cultura
E alguns toques de modernidade
Em rotundas e escultura
Os avultados apoios às Colectividades
Batem todos os recordes distritais
Havendo mesmo fortes probabilidades
De sermos campeões nacionais
Chegados a este patamar
Surge uma interrogação
Será isto para continuar
Ou entrará em regressão?
Também há quem questione
Se as opções foram correctas
E se o toque do trombone
Tem as entoações certas
Uma coisa é mais que verdade
Uns dizem que é desenvolvimento
Outros que é o fruto da capacidade
De um homem cheio de talento
Quer esteja bem, ou esteja mal
Foi preciso haver muita dedicação
Para que Abril em Portugal
Parisse aqui, uma nova profissão
Com uma grande utopia e ideal
E um desejo classificado de altivo
Criámos um político profissional
Mas sempre em nome do colectivo
Comparando o nosso contexto regional
E os nossos recursos financeiros
Nunca ninguém teve tanto metal
Como o Presidente Caeiros
" O TRABALHO CONTINUA NO PRÓXIMO COMENTÁRIO DEVIDO A LIMITE DE CARACTERES "
responder a comentário
De MANUEL ANTONIO DOMINGOS a 4 de Março de 2009 às 09:15
"CONTINUAÇÃO DO TRABALHO EM VERSO SOBRE SOBRE A LONGEVIDADE E O DESEMPENHO DE CAEIROS NA CÂMARA DE CASTRO VERDE"
Para falar com sinceridade
Não privilegiámos a economia
Demos passinhos na solidariedade
Mas ainda está longe a utopia
Como em qualquer contabilidade
Ainda falta o Balanço Analítico
Sobre o saber e a capacidade
Do nosso dinossauro político
Que é positivo dirá a maioria
E que não há mesmo comparação
Com o que por cá havia
Antes desta feliz “aparição”
É indiscutivelmente verdade
Que já vivemos noutra terra
Onde existe muita cumplicidade
Com a beleza que encerra
Mas há sempre uma interrogação
Qual seria a nossa realidade
Com uma outra governação
Ou sem esta liberdade ?
Autor:
Manuel António Emília Domingos
responder a comentário
De MANUEL ANTONIO DOMINGOS a 4 de Março de 2009 às 13:59
LG - Tomei a ousadia de copiar o comentário de um anónimo no BLOG
ROTUNDA DAS OVELHAS, já agora aí fica porque é pertinente;
ResponderEliminarAnónimo disse...
É ridiculo o teor destes comentários, mas fazer homenagens a quem apenas fez o que devia, que raio de país este onde estamos a viver! Mais homenagens terão que ser feitas, a mais pessoas que durante muitos anos e de forma desinteresseira deram o seu melhor ao colectivo. Ou há dúvidas? Penso que a forma mais justa de fazer uma homenagem ao FC era no mesmo pacote e com o mesmo objectivo se homenageassem todos os que com ela trabalharam.Isso sim podia passar mais ou menos sem conflito. Todas as pessoas são importantes e necessárias e quando se toca ao trabalho em prol da comunidade merecem sempre mais destaque aqueles que o fazem sem receber nada em troca. Estou- me a lembrar tamb+em dos dirigentes das Associações, das IPSS, etc. Quem é que valoriza esse trabalho?Que eu saiba essas pessoas e sá quase sempres as mesmas, trabalham pelo bem colectivo a troca de rigorosamente nada, mesmo nada. Há até pessoas que se preocuparam em crias instituições de apoio aos mais desfavorecidos, criaram postos de trabalho para a comunidade e ninguém se lembra de os homenagear, porque será? Pensemos u pouco e sejamos mais justos com o que é objectivo e nunca passível de opiniões, porque está à vista.
4 de Março de 2009 12:04