Foto: Praça da República
Aguardo com expectativa a dinâmica de ideias que a candidatura BejaCapit@l, de Jorge Pulido Valente, promete trazer à sociedade bejense. Aliás, parece-me óbvio que nas ideias e nos projectos se marcarão as diferenças, e sobretudo os candidatos se demarcarão um do outro. O que a candidatura de JPV já trouxe como contributo valorizável ao Concelho de Beja é a formação de uma ambição de discussão e de debate em torno do futuro. E nesta discussão participará também o PCP, que já percebeu a intenção de se ouvirem novas ideias e apresentar melhores garantias quanto ao futuro. E com tudo isto Beja fica a ganhar. Assim seja o interesse dos eleitores.
Mas JPV assume uma posição acutilante de um candidato que parece bem documentado e com confiança na sua acção e – putativamente – como presidente. E nesta acutilância e nesta confiança residem uma jogada de alto risco, mas que a ser aceite pelos bejenses trará os frutos desejados pelo PS. O risco está em que as pessoas não queiram realmente discutir as coisas, não se importem e mantenham o disfarce da silenciosa maioria que ganha as eleições. Mas a esse risco JPV não pode fugir, nem faria sentido sendo a vitória o objectivo. E é acertada a decisão de colocar em cima da mesa uma estratégia de agitação intelectual, de que Beja carece.
No entanto importa perceber certas coisas e desmistificar outras tantas: primeiro perceber se o sentimento de mudança é desejado tanto como se apregoa; segundo, se a onda de apoios é de facto representativa da sociedade; e em terceiro, compreender as motivações e ambições dos cidadãos residentes nas freguesias rurais. Nesta última, entenda-se o esforço e empenho de Francisco Santos, a habilidade política do PCP e o pragmatismo de uma acção que trabalha, certamente, este seguro de vida há vários meses.
Mas JPV assume uma posição acutilante de um candidato que parece bem documentado e com confiança na sua acção e – putativamente – como presidente. E nesta acutilância e nesta confiança residem uma jogada de alto risco, mas que a ser aceite pelos bejenses trará os frutos desejados pelo PS. O risco está em que as pessoas não queiram realmente discutir as coisas, não se importem e mantenham o disfarce da silenciosa maioria que ganha as eleições. Mas a esse risco JPV não pode fugir, nem faria sentido sendo a vitória o objectivo. E é acertada a decisão de colocar em cima da mesa uma estratégia de agitação intelectual, de que Beja carece.
No entanto importa perceber certas coisas e desmistificar outras tantas: primeiro perceber se o sentimento de mudança é desejado tanto como se apregoa; segundo, se a onda de apoios é de facto representativa da sociedade; e em terceiro, compreender as motivações e ambições dos cidadãos residentes nas freguesias rurais. Nesta última, entenda-se o esforço e empenho de Francisco Santos, a habilidade política do PCP e o pragmatismo de uma acção que trabalha, certamente, este seguro de vida há vários meses.
E ainda sobre o PCP, convém realçar que o mito de um partido amorfo e agastado pelos anos de poder que se pretende passar nos últimos tempos, não só não corresponde à realidade como se revela uma infantil e irresponsável subestimação do adversário. E por regra dá mau resultado.
Acabo de ler o seu texto, e gostei imenso, sobretudo pelo realismo com que aborda o embrião ou o movimento MUDANÇA. o desejo de MUDANÇA existe, não se vê mas é visivel, j´não se pressente mas sente-se.
ResponderEliminarDevo confessar que não me assaltam tanta dúvidas, quantas as suas, mas há uma que é real e bastante perigosa: são as freguesias rurais, aqui ainda vale tudo. Repare que não há presidente de Junta que não seja empregado na Câmara ou tenha lá familiares. Sou um freelancer da politica, tenho a liberdade de não estar inscrito em qualquer partido o qoe não me inibe de aplaudir a MUDANÇA e viver numa cidade democraticamente governada.
@ Anónimo: Não tenho dúvidas nesta matéria. A questão é: e os bejenses têm dúvidas, ou estão resignados?
ResponderEliminarApenas faço uma reflexão sobre o assunto. E penso que para as análises serem proficuas devem-se pesar as diferentes perspectivas e diagnosticar as motivações. Em política (em democracia) não se decretam vitórias eleitorais e para as alcançar é preciso ter noção do todo que compõe o universo de votantes.
Cumprimentos