Hoje um enorme regozijo tomou
conta de algumas pessoas em Beja. Apenas porque Jorge Pulido Valente (JPV) é
candidato finalista ao cargo de director-geral da Direcção Geral do Património
Cultural (DGPC). Uns porque o desejam ver pelas costas, outros porque observam
nesta candidatura um desvio ao percurso político.
Na verdade estamos a falar de
um alto cargo na administração pública sob a tutela dos governantes PSD/CDS.
Mas nesse regozijo há várias
precipitações: é absolutamente legitimo que na sua qualidade de funcionário
público, com curriculum (já lá vou!) se candidate ao cargo; não se pode
confundir nem limitar as opções políticas de um cidadão com a sua ambição
profissional; muito menos se pode atacar um cidadão porque este entende, bem,
progredir na carreira; e finalmente porque se trata de um concurso público e
não de uma eleição.
Mas observemos o lado apreciável
do processo: JPV é funcionário público, se não me engano é licenciado em
história, tem um curriculum enriquecido como director regional do ambiente, administrador
da EDIA e presidente das câmaras municipais de Mértola e de Beja. Todos cargos
exercidos com a marca do PS. Ou por nomeação ou por eleição. E isso quer dizer
apenas o que está escrito. Nada mais.
Mas há mais. Vejamos alguns
exemplos: sabemos que JPV tem conhecimento de causa na área do património
cultural. Conhecemos o trabalho que realizou em Mértola. A sua ligação e
pensamento sobre o Museu de Beja, que considera ser possível resolver
exactamente pela direcção-geral que se propõe dirigir. E esta é uma excelente
perspectiva. E por mim, só isto faz merecer a escolha do secretário de estado.
Pois, enganam-se aqueles que
apenas enfatizam a maledicência. Nisto da política não vale tudo. Não esperem
por uma direcção-geral sombra caso JPV não seja o escolhido. Nada disso. Não
vai haver espectáculo. Nem camarote. Este é apenas um momento normal dos concursos
públicos para dirigentes da função pública. Apenas isso. E absurdamente legitimo!
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