Por si só a questão é absurda porquanto o endividamento da quase totalidade das câmaras do país inteiro (de todos os partidos, sem excepção) às empresas públicas/públicas de gestão de água em alta é um dado adquirido, infelizmente. A sua exploração é meramente da esfera política pobre, em que todos os intervenientes são responsáveis consoante estão no poder ou na oposição.
Mas a vida é pequena! Quis a
ironia do destino que hoje fosse publicado um despacho conjunto de dois secretários de estado declarando o incumprimento do limite de endividamento financeiro da Câmara Municipal
de Serpa, à data da gestão de João Rocha, com as respectivas consequências
financeiras, num valor acima de um milhão de euros. E neste caso convém também dizer que esta é uma realidade que afecta a maioria das autarquias do país, de todos os partidos e sem Excepções! Infelizmente, também.
Ou seja, o que muitos dos
intervenientes políticos ainda não entenderam e que por arrasto os seus indefectíveis
não percebem é que nestas coisas da política e das opções nunca há verdades
absolutas, nem uma única razão. Todos têm telhados de vidro. Todos têm a
obrigação do recato e da preocupação em fazer bem no exercício das funções que
foram escolhidos para desempenhar, nem que seja porque a disponibilidade para
exercer esses cargos nasceu das suas vontades pessoais. Já que prestigiar a
política parece não ser uma preocupação!
O mesmo é dizer que a permanente
desculpa com os erros dos outros, quando na maioria das vezes não se justifica,
só os reduz (aos intervenientes) a uma insignificante importância dos cargos
que exercem. Seria bom, mesmo bom, que a ironia desta vida pequena servisse de
lição e que mobilizasse políticos e indefectíveis para trabalharem e desenvolverem
ideias a favor do Concelho e dos cidadãos. Em conclusão, fazer a vida maior!
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